Pensar a vida e viver o pensamento, de forma profunda e radical. Isso é filosofar.

DÚVIDA METÓDICA - O exercício da dúvida por Descartes

      Para que você entenda de maneira mais concreta o que acabamos de estudar aqui, vamos analisar agora um exemplo de reflexão filosófica que enfatiza ao extremo o ato de duvidar: a chamada dúvida metódica, do filósofo francês René Descartes (1596-1650).


Aprendendo a duvidar
    A dúvida metódica tornou-se uma referência importantíssima e um clássico da filosofia moderna. Trata-se de um exercício da dúvida em relação a tudo o que ele, Descartes, conhecia ou pensava até então ser verdadeiro. Tal exercício foi conduzido pelo filósofo de maneira:
metódica, porque a dúvida vai se ampliando passo a passo, de maneira ordenada e lógica; e
radical, porque a dúvida vai atingindo tudo e chega a um ponto extremo em que não é possível ter certeza de nada, nem de que o mundo existe. Como em um jogo, uma brincadeira, Descartes tentou duvidar até da própria existência. Por isso, a dúvida metódica costuma ser chamada também de dúvida hiperbólica, isto é, maior do que o normal ou o esperado, exagerada. Note que é um exercício bastante difícil, pois não é nada natural duvidar de tanta coisa. Experimente.
      Antes de tudo, vejamos por que esse filósofo decidiu compreender tal esforço. O que o teria motivado? A explicação está no início de suas Meditações.

"Há já algum tempo que eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípio tão mal assegurados não podia ser se não mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e constante nas ciências." (p. 17).

      Em outras palavras, Descartes estava desiludido com o que aprendera até então nos estudos e na vida, depois de perceber que havia muito engano. Aí virou uma pessoa meio desconfiada, mas que não ficou só nisso: resolveu construir algo diferente, uma nova ciência que garantisse um conhecimento sólido e verdadeiro. Essa era sua ambição. Para cumprir tal propósito, no entanto, percebeu que era necessário destruir primeiro todas as suas antigas ideias que fossem duvidosas.
      Isso quer dizer que ele já tinha experimentado diversos estranhamentos em sua vida com relação ao que pensava conhecer e decidiu viver esse processo de estranhar e duvidar novamente — agora de maneira voluntária e planejada, aplicando-o a todas as suas antigas opiniões. Você também pode fazê-lo, e é isso que queremos mostrar. Observe o caminho seguido por Descartes e procure pensar, sentir e vivenciar com ele cada passo de suas meditações.


As primeiras determinações

"[...] não é necessário que examine cada uma [opinião] em particular, o que seria um trabalho infinito; mas, visto que a ruína dos alicerces carrega necessariamente consigo todo o resto do edifício, dedicar-me-ei inicialmente aos princípios sobre os quais todas as minhas opiniões antigas estavam apoiadas." (Descartes, Meditações, p. 17).

      Essa foi a primeira determinação de Descartes na construção da dúvida metódica. Em outras palavras, para tornar sua tarefa mais fácil, o filósofo decidiu analisar as ideias ou crenças básicas que fundamentavam suas opiniões. Se esses princípios ou fundamentos eram duvidosos, as outras ideias que deles dependiam também eram duvidosas.
      Esse é um procedimento básico tanto em filosofia como nas ciências em geral: uma ideia falsa ou incerta não pode ser o fundamento de uma boa explicação, assim como alicerces de gelo ou de gesso não podem sustentar uma boa construção.
      Neste ponto você pode estar se perguntando: "Mas como Descartes distinguia entre o certo e o duvidoso? Que critério ele utilizava?". A resposta pode ser encontrada na obra Discurso do método, na qual o filósofo explicita a seguinte norma de conduta para si mesmo:

"[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. (p. 37).

      Trata-se do critério da evidência: uma ideia é evidente quando se apresenta como tamanho grau de clareza e distinção ao intelecto — como define Descartes — que não suscita qualquer dúvida. Duvidosa, portanto, é toda ideia que não pode ser demonstrada com essa mesma clareza, que não passa totalmente pelo crivo da razão. Descartes decidiu que não acolheria como verdadeira nenhuma ideia como essa.

Critério — princípio(s) ou norma(s) que se estabelece(m) para orientar alguma tarefa, conduzir algum tipo de estudo ou estabelecer certas diferenciações de natureza mais abstratas (por exemplo: lógicas, éticas etc.)
Distinção — maneira com que uma ideia ou percepção se distingue e se diferencia de outra; diferenciação.


A dúvida sobre as ideias que nascem dos sentidos
    Retornemos à meditação inicial. Descartes começa seu exercício da dúvida questionando os sentidos como fonte segura de conhecimento.

"Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez." (Meditações, p. 17-18).

      Vemos que aqui ele vai contra o senso comum, pois a maioria das pessoas quase sempre confia naquilo que vê, ouve e sente. Em geral, acredita-se que os cinco sentidos são a primeira e fundamental fonte de informação sobre o mundo que nos cerca. Descartes argumenta, no entanto, que o conhecimento que se origina das percepções sensoriais não é confiável, pois muitas vezes elas nos enganam. É o argumento do erro dos sentidos.
      Quantas vezes você viu ou ouviu uma coisa e depois se deu conta de que havia se enganado? Por exemplo, assistindo a uma competição esportiva, no estádio ou televisão? Com frequência os espectadores enxergam coisas distintas em um mesmo lance e acreditam terem tido a visão mais real e certeira possível. O mesmo ocorre com os outros sentidos (a audição, o olfato, o paladar e o tato): há muita discordância nas percepções individuais, é difícil o consenso.


Distorção n° 128 (Série Distorções, 1932-1933) — André Kertész. A subjetividade das percepções sensoriais, bem como seus enganos, é um tema recorrente na história da filosofia. As coisas são realmente como os nossos sentidos as percebem?

      Portanto, voltando a Descartes, não seria possível fundar uma ciência universal — que era a pretensão desse filósofo — baseada nas percepções sensoriais. Só que isso não foi assim tão fácil para ele:

"Mas, ainda que os sentidos nos enganem às vezes no que se refere às coisas pouco sensíveis e pouco distantes, encontramos talvez muitas outras das quais não se pode razoavelmente duvidar, embora as conhecêssemos por intermédio deles: por exemplo, que eu esteja aqui, sentado junto ao fogo, vestido com um chambre, tendo este papel entre as mãos e outras coisas desta natureza. E como poderia eu negar que estas mãos e este corpo sejam meus?" (Meditações, p. 18).

Universal — que diz respeito a todas as coisas, que se aplica a todos e a tudo o que existe.

      Aqui Descartes confessa sua dificuldade em continuar duvidando dos sentidos quando se trata de algo muito próximo: o papel em suas mãos, o fogo na lareira que aquece o ambiente, o corpo que vê e sente como seu, enfim, toda a circunstância que está vivenciando.
      Você provavelmente concorda com ele. É bastante difícil duvidar que você tem este livro em suas mãos neste momento e que está lendo essas palavras, não é? Isso parece evidente e verdadeiro. O que poderia abalar essa impressão tão natural?
      O sonho. De repente, Descartes dá-se conta de que poderia estar sonhando:

"Quantas vezes ocorreu-me sonhar, durante a noite, que estava neste lugar, que estava vestido, que estava junto ao fogo, embora estivesse inteiramente nu dentro de meu leito? [...] pensando cuidadosamente nisso, lembro-me de ter sido muitas vezes enganado, quando dormia, por semelhantes ilusões." (Meditações, p. 18).

      Em outras palavras, com o argumento do sonho o filósofo voltou à estaca zero em sua busca de certeza, pois não havia nada que lhe pudesse garantir que o que percebia ao seu redor não era uma ilusão onírica. Às vezes, os sonhos também parecem muito reais, não é mesmo? Por isso, Descartes decide deixar de lado sua investigação sobre o conhecimento do mundo material por meio dos sentidos e parte para outra fonte.


A dúvida sobre as ideias que nascem da razão

"[...] a Aritmética, a Geometria [...], que não tratam senão de coisas muito simples e muito gerais, sem cuidarem muito em se elas existem ou não na natureza, contêm alguma coisa de certo e indubitável. Pois quer eu esteja acordado, quer eu esteja dormindo, dois mais três formarão sempre o número cinco e o quadrado nunca terá mais do que quatro lados; e não parece possível que verdades tão patentes possam ser suspeitas de alguma falsidade ou incerteza." (Descartes, Meditações, p. 19).

      Parece, enfim, que Descartes encontrou um tipo de conhecimento que não lhe despertava dúvidas: o conhecimento matemático. Este não dependeria de objetos externos, apenas da razão, e preencheria o critério de verdade por ele estabelecido: a evidência, o conhecimento claro e distinto. Quem pode contestar o resultado considerado correto de uma soma ou de equação matemática, ou a clareza dos postulados geométricos?
      Ninguém. O filósofo sabia disso. Mas, tendo meditado muito sobre o assunto, estava preparado para enfrentar qualquer objeção. E estava certo d que elas viriam. Assim, avançou mais um passo, elevando o grau de dificuldade para livrar-se da dúvida (e para enfrentar as objeções).

"Todavia, há muito que tenho no meu espírito certa opinião de que há um Deus que tudo pode e por quem fui criado e produzido tal como sou. Ora, quem me poderá assegurar que esse Deus não tenha feito com que não haja nenhuma terra, nenhum céu, nenhum corpo extenso, nenhuma figura, nenhuma grandeza, nenhum lugar e que, não obstante, eu tenha os sentimentos de todas essas coisas e que tudo isso não me pareça existir de maneira diferente daquela que eu vejo? E, mesmo, como julgo que algumas vezes os outros se enganam até nas coisas que eles acreditam saber com maior certeza, pode ocorrer que Deus tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição de dois mais três, ou em que enumero os lados de um quadrado, ou em que julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode imaginar algo mais fácil do que isso." (Meditações, p. 19).

      Em outras palavras, por mais certeza que você tenha sobre algo (no aso, o conhecimento matemático), se existe um ser que criou tudo e é onipotente (Deus), esse ser tem poderes para ter criado você de tal maneira que se engane sempre, ou seja, que você (e todo o mundo) pense sempre que 2 + 3 = 5, quando na verdade isso é uma ilusão. Trata-se do argumento do Deus enganador.


A dúvida generalizada
    Esse é um argumento que se dirige às pessoas que acreditam na existência de Deus, seja ele a máxima divindade cristã ou d qualquer outra crença ou religião. O filósofo reconheceu, porém, que alguns teólogos poderia objetar que Deus é um ser perfeito e supremamente bom e lhe repugnaria enganar alguém. O argumento também não teria força entre aqueles para quem a ideia de Deus é uma fábula (os ateus).
      Assim, para enfrentar tanto os mais crentes como os mais descrentes, Descartes criou um último e poderoso artifício para colocar tudo em dúvida:

"Suporei, pois, que não há um verdadeiros Deus, que é a soberana fonte de verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me. Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos são apenas ilusões e enganos de que ele se serve para surpreender minha credulidade. Considerar-me-ei a mim mesmo absolutamente desprovido de mãos, de olhos, de carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença d ter todas essas coisas." (Meditações, p. 20).

      Trata-se do argumento do gênio maligno, um ser que não teria a perfeição e a bondade de Deus, como defendem crentes e teólogos, mas que seria muito poderoso e cheio de estratégias para fazer com que qualquer pessoa se iluda e se engane sobre tudo. É a generalização da dúvida: o mundo foi colocado entre parênteses.
      Não que Descartes de fato acreditasse na existência desse ser. Estudiosos da obra cartesiana costumam interpretar o gênio maligno como um artifício psicológico que o filósofo usou para manter seu espírito alerta, para não sucumbir à tentação de aceitar qualquer ideia como verdadeira, enfim, para seguir buscando algum conhecimento evidente e indubitável. O gênio maligno poderia ser entendido, portanto, como uma figura simbólica de qualquer outra coisa, pessoa ou ideia que seja capaz de nos levar ao erro.


Imagem do filme Matrix (1999, EUA, direção de Andy Wachowski e Larry Wachowski). Se a realidade é em grande parte uma ilusão, por que nos iludimos? Por obra de um agente externo a nós ou pelas características de nossa própria natureza biológica e social?

      Qual seria a vantagem de manter esse estado psicológico? A de não nos enganarmos facilmente acreditando conhecer com certeza algo que ainda é incerto.


A descoberta da primeira certeza
    Submerso na dúvida hiperbólica, mergulhado no nada, Descartes seguiu buscando o que teria deixado de levar em conta. Como em um jogo de xadrez ou em um enigma, procurava uma saída para a exigência importa pela ideia de que poderia haver um gênio maligno que quisesse enganá-lo sempre.
      De repente, teve a seguinte intuição com relação a seu próprio anto de duvidar e de pensar:

"Eu então, pelo menos, não serei alguma coisa? [...] Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há, pois, dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa." (Meditações, p. 23-24).

      Em outras palavras, percebeu que, se um ser enganador o enganava, ele, Descartes, tinha que ser algo enquanto era enganado. E se duvidava, também devia ser algo que existia enquanto duvidava, mesmo que não tivesse corpo.
      Essa reflexão é resumida de maneira mais clara em sua obra Discurso do método:

"Enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que eta verdade: 'eu penso, logo existo', era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seria capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava." (p. 46).

      Observe que o próprio ato de pensar, sem importar os conteúdos, não pode ser colocado em dúvida por aquele que duvida. Tente duvidar que está pensando agora, neste mesmíssimo instante... Você verá que, enquanto duvida que está pensando, está pensando, pois é impossível duvidar sem pensar. Portanto, você pensa, com certeza, Ora, se você pensa, deve haver algo (um ser, que é você) que produz esse pensamento. Daí a conclusão de Descartes, uma das mais célebres frases da história da filosofia: "Penso, logo existo", que ficou conhecida como cogito (forma reduzida de Cogito, ergo sum, a mesma frase em latim).
      Essa foi a primeira certeza de Descartes: a de existir como "coisa que pensa" enquanto pensa. Ele não podia ainda concluir que há uma coisa corporal, mas pode afirmar que existe uma coisa pensante. A partir dessa certeza, o filósofo trataria de alcançar outras certezas, como a existência de Deus e do mundo material.


Sugerimos que você, se ficou curioso ou curiosa, leia a sequência das reflexões do filósofo na obra Meditações.


Aprendendo a filosofar
    Depois do estudo da dúvida metódica de Descartes, acreditamos que você tenha compreendido um pouco mais sobre o que é filosofar e como se filosofa.
      Você deve ter percebido, entre outras coisas, como é importante aprender a suspender o juízo e a pesquisar mais profundamente um assunto antes de emitir uma opinião sobre ele. Tudo o que nos parece mais evidente em um determinado instante pode ser percebido como falso ou incerto se analisado em outro instante e com mais rigor.
      Nesse processo também se descobre, muitas vezes, o sentido ou as razões profundas de certos fatos, atos ou crenças dos quais tínhamos antes apenas uma compreensão superficial.
      Outro aspecto importante que acabamos de trabalhar é a ideia de que a investigação filosófica sobre determinado tema deve ser conduzida com bastante critério, de maneira metódica e ordenada, em que tudo o que se diz deve estar bem fundamentado. Como já dissemos, não existe apenas um tipo de método para isso. No caso de Descartes, aqui vão algumas dicas sobre seu método, seguido em grande parte até nossos dias pelos cientistas:
• sempre que possível, deve-se partir do mais simples (isto é, daqueles conceitos que podem ser compreendidos com mais simplicidade, sem depender da compreensão de outros conceitos) até chegar ao mais complexo (isto é, os conceitos compostos, que pressupõem outros conceitos em seu entendimento). Um exemplo bem fácil para saber fazer uma soma (conceito complexo), você precisa entender primeiro o que é número (conceito simples) e, depois, o conceito de adição (conceito menos simples que número, pois depende deste para ser entendido);
• geralmente se vai do que é básico, dos fundamentos, até o "corpo" completo de um determinado assunto. Por exemplo: para entender o tema da violência social, comece por compreender aquele que a pratica, o ser humano, em suas diversas dimensões básicas (mental, emocional e física), bem como em sua interação com o meio ambiente, com outros seres humanos e instituições sociais, e assim progressivamente.
      O método pode nos ajudar a encontrar um caminho quando nos perdemos no labirinto das dúvidas.
      Sabemos, porém, que as conclusões às quais chega um filósofo muitas vezes podem causar frustração naquele que o acompanhou com tanto interesse. Se isso acaba de acontecer com você, podemos dizer que é compreensível, mas tenha paciência. Tanto em filosofia como na vida em geral, é importante não ser precipitado nem preconceituoso, como recomendou o próprio Descartes, principalmente quando se trata de aprender. E é isso o que você está fazendo agora: aprendendo a filosofar.
      Assim, considere, primeiramente, que você ainda tem pouca "experiência" filosófica e conhecimentos reduzidos nessa área. Além disso, você é jovem, e a filosofia é algo para toda a vida. Muitos temas ou explicações oferecidos por determinado pensador fazem mais sentido em certas etapas de nossa experiência do que em outras. Portanto, vá com calma: se algumas pistas fornecidas por ele parecem agora ser úteis ou significativas para você, deixe-as guardadinhas em um canto de sua memória até surgir o momento adequado de resgatá-las. Você não vai se arrepender disso.


Sugestões de filmes

• Dúvida (2008, EUA, direção de John Patrick Shanley)
      Filme ambientado em escola católica do bairro nova-iorquino do Bronx que recebe seu primeiro aluno negro. Inicia-se com o sermão do padre Flynn sobre a dúvida, tema que pautará toda a trama, em um duelo com as certezas morais da madre superiora.




• Descartes (1974, Itália, direção de Roberto Rossellini)
      Obra sobre a vida de descartes e de sua busca pelo conhecimento. Inclui o processo de escritura e publicação de alguns de seus principais livros e os debates em torno de suas ideias.




• Matrix (1999, EUA, direção dos irmãos Wachowski)
      Ficção científica em que o mundo é dominado por máquinas que se alimentam da energia dos seres humanos, enquanto estes vivem uma realidade virtual (matrix), um mundo ilusório criado por essas inteligências artificiais, embora de fato estejam adormecidos em seus casulos.



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