Devemos começar "mandando para o interior todos os habitantes da cidade que tiverem mais de dez anos de idade e apossando-nos das crianças, que, assim, ficarão protegidas dos hábitos de seus pais". Não podemos construir a Utopia com os jovens corrompidos, a cada instante, pelo exemplo dos mais velhos. Temos de começar, tanto quanto nos for possível, do zero. É bem possível que algum governante esclarecido nos dê poderes para começar isso com uma parte ou uma colônia de seu domínio. Seja como for, temos de dar a cada criança, e desde o início, plena igualdade de oportunidade educacional; não há como dizer onde surgirá a luz do talento ou do gênio; temos de procurá-la com imparcialidade por toda parte, em todas as classes e raças. A primeira curva em nossa estrada é a educação universal.
Nos primeiros dez anos de vida, a educação será predominantemente física; toda escola deverá ter um ginásio e um patio de recreio; brincadeiras e desportos deverão constituir todo o currículo; e na primeira década haverá formação de um tal reserva de saúde, que tornará desnecessária toda a medicina. "Requerer o auxílio da medicina porque, por terem levado vidas de indolência e luxo, os homens se encheram, como lagoas, de águas e ventos (...), flatulência e catarro... não é uma desgraça? (...) Pode-se dizer que o nosso sistema de medicina atual educa as doenças", leva-as a terem uma longa existência em vez de curá-las. Mas isso é absurdo dos ricos ociosos. "Quando um carpinteiro fica doente, pede ao médico um remédio forte e de pronta ação ― um emético, um purgante, uma cauterização ou a faca. E se alguém lhe diz que ele tem que fazer um curso de dietética, enfaixar a cabeça, e coisas desse tipo, ele responde logo que não tem tempo para ficar doente e que não vê benefício algum numa vida passada a tratar de sua doença, em prejuízo de sua atividade normal; e assim, dando adeus a esse tipo de médicos, ele retoma a sua dieta costumeira e fica bom, vive e exerce suas atividade ou, se a sua constituição falhar, morre e acaba com tudo aquilo". Não podemos nos dar o luxo de termos uma nação de falsos doentes e de inválidos; a Utopia deve começar essencialmente no corpo do homem.
Mas só atletismo e ginástica tornariam o homem muito unilateral. "Como iremos descobrir uma natureza delicada que também tenha uma grande coragem? Porque as duas parecem incompatíveis". Não queremos uma nação de lutadores de boxe e levantadores de peso. Talvez a música resolva o nosso problema: através da música, a alma aprende harmonia e ritmo e, até, uma propensão à justiça; afinal, "poderá aquele que é harmoniosamente constituído vir a ser injusto? Não é por isso, Glauco, que a educação musical é tão poderosa, porque o ritmo e a harmonia penetram nos pontos secretos da alma, levando graça em seus movimentos e tornando a alma graciosa?". A música modela o caráter e, portanto, participa da determinação de questões sociais e políticas. "Damon me diz ― e acredito plenamente nisso ― que quando mudam os estilos de música, as leis fundamentais do Estado mudam com eles" (Daniel O'Connell: "Deixem-me escrever as canções de uma nação, e não me importarei com quem lhe faz as leis").
A música é valiosa não apenas porque cria requinte de sentimento o caráter, mas também porque preserva e restaura a saúde. Há doenças que só podem ser tratadas através da mente; assim, o sacerdote coribântico tratava mulheres histéricas com a música alegre de uma flauta, que as fazia dançar e dançar até caírem no chão, exaustas, e adormecerem; quando acordavam, estavam curadas. As fontes inconscientes do pensamento humano são tocadas e acalmadas por esses métodos; e é nesses substratos de comportamento e sentimento que o gênio planta suas raízes.
"Nenhum homem consegue a verdadeira ou inspirada intuição quando consciente, mas sim quando o poder do intelecto está reprimido no sono ou pela doença ou demência"; o profeta (matitike) ou gênio é semelhante ao louco (mantike).
Platão passa para uma notável antevisão da "psicanálise". Nossa psicologia política está perplexa, alega ele, porque não estudamos de forma adequada os vários apetites ou instintos do homem. Os sonhos podem nos dar uma pista para algumas das sutis e mais indefiníveis dessas disposições.
Certos prazeres e instintos desnecessários são considerados ilegais; todo homem parece tê-los, mas em certas pessoas eles são submetidos ao controle da lei e da razão ["sublimados"], e, com os desejos melhores predominando sobre eles, são inteiramente suprimidos ou, então, reduzidos no que se refere a força e número; enquanto em outras pessoas esses desejos são mais fortes e mais abundantes. Refiro-me, em particular, aos desejos que estão despertos quando o poder de raciocínio, de subjugar e governar ["censor"] da personalidade está adormecido; o animal selvagem que há em nossa natureza, empanturrado de carne e bebidas, levanta-se e sai andando por aí nu e se sacia à vontade; e não existe loucura ou crime imaginável, por mais desavergonhado ou anormal ― sem executar o incesto ou o parricídio ["complexo de Édipo"] ― do qual a natureza dessas não seja culpada. (...) Mas quando o pulso de um homem é saudável e comedido, e ele vai dormir frio e racional, (...) depois de saciar seus apetites sem exageros para mais ou para menos, mas o suficiente para deixá-los adormecidos (...), ele passa a ser, então, o menos sujeito a ser um joguete de visões fantasiosas e licenciosas. (...) Em todo nós, mesmo nos homens bons, existe latente essa natureza de animal selvagem, que espreita durante o sono.
A música e o compasso dão graça e saúde à alma e ao corpo; mas, repetimos, o excesso de música é tão perigoso quanto o de exercícios atléticos. Ser apenas um atleta é ser quase um selvagem; e ser apenas um músico é ser "dissolvido e abrandado além do desejável". Os dois têm de estar combinados; e, depois dos dezesseis anos, a prática individual da música deve ser abandonada, embora o canto coral, tal como os jogos comunitários, sigam por toda a vida. Tampouco a música deve ser apenas música; ela deve ser usada para proporcionar formas atrativas ao conteúdo às vezes nada apetitoso da matemática, da história e da ciência; não há razão para que, em relação aos jovens, esses estudos difíceis não sejam suavizados sob a forma de versos e embelezados com canções. Mesmo assim, esses estudos não devem ser impingidos a uma mente que não se encontre disposta; dentro de limites, deverá prevalecer um espírito indeterminista.
Os elementos da instrução (...) devem ser apresentados à mente na infância, mas sem nenhum grau de coação; porque um homem livre deve ser livre também na aquisição do conhecimento.
(...) O conhecimento que é adquirido sob coação não se fixa na mente. Por isso, não usem a coação, mas deixem que a educação inicial seja mais uma espécie de diversão; isso lhes permitirá mais a descoberta da tendência natural da criança.
Com as inteligência se desenvolvendo assim com tanta liberdade, e com os corpos fortalecidos pelo esporte e pela vida ao ar livre de todos os tipos, o nosso Estado ideal teria uma base psicológica e fisiológica firme e suficientemente ampla para todas as possibilidades e todos os desenvolvimentos. Mas também deve ser proporcionada uma base moral; os membros da comunidade devem compor uma unidade; devem ficar sabendo que são membros uns dos outros; que devem uns aos outros certas amenidades e obrigações. Ora, já que os homens são, por natureza, gananciosos, ciumentos, combativos e eróticos, como iremos persuadi-los a se comportar? Com o onipresente cassetete da polícia? É um método brutal, dispendioso e irritante. Há um meio melhor, que é o de dar às exigências morais da comunidade a sanção de uma autoridade sobrenatural. Temos de ter uma religião.
Platão acredita que uma nação não pode ser forte, a menos que acredite em Deus. Uma simples força cósmica, uma causa primeira, ou élan vital, que não seja uma pessoa, mal poderia inspirar esperança, devoção ou sacrifício; não poderia oferecer conforto aos corações dos aflitos, nem coragem às almas em conflito. Mas um Deus vivo pode fazer tudo isso e incitar ou obrigar, pelo medo, o individualista a moderar um pouco a sua ganância, a controlar um pouco a sua paixão. Ainda mais se à crença em Deus se acrescentar a crença na imortalidade pessoal: a esperança de outra vida nos dá coragem para enfrentar a nossa morte e suportar a morte de nossos entes queridos; estaremos duplamente armados se lutarmos com fé. Admite-se que nenhuma das crenças pode ser demonstrada; que Deus pode, afinal de contas, ser apenas o ideal personificado do nosso amor e da nossa esperança, e que a alma é como a música da lira e morre com o instrumento que lhe deu forma: no entanto, sem dúvida (assim diz o argumento, à semelhança de Pascal, do Fédon) que não nos fará mal algum o fato de acreditarmos, e é possível que faça um bem incalculável a nós e a nossos filhos.
Porque é provável que tenhamos problemas com esses nossos filhos se passarmos a explicar e justificar tudo para suas mentes simples. Teremos uma fase especialmente difícil quando eles chegarem à idade de vinte anos e enfrentarem o primeiro escrutínio e teste do que aprenderam em todos os seus anos de educação comum. Chegará a hora, então, da implacável separação do joio do trigo; da Grande Eliminação, como poderíamos chamá-la. Esse teste não será um simples exame acadêmico; será tanto prático como teórico: "Haverá, também, labutas, sofrimentos e conflitos prescritos para eles". Cada tipo de habilidade terá uma chance de se mostrar, e toda sorte de estupidez será exposta. Os que não passarem serão designados para o trabalho econômico da nação; serão homens de negócios, funcionários, operários de fábrica e agricultores. O teste será imparcial e impessoal; se o indivíduo vai ser fazendeiro ou filósofo, isso será determinado não pela oportunidade monopolizada ou pelo favoritismo nepótico; as seleções serão mais democráticas do que a democracia.
Aqueles que passarem neste primeiro teste irão receber mais dez anos de educação e treinamento, no corpo, na mente e no caráter. E então serão submetidos a um segundo teste, muito mais rigoroso do que o primeiro. Os que fracassarem serão os auxiliares, ou assessores executivos e oficiais militares do Estado. E será exatamente nessas grandes eliminações que iremos precisar de todos os recursos de persuasão para conseguir que os eliminados aceitem o seu destino com urbanidade e paz. Do contrário, o que irá evitar que aquela grande maioria não selecionada no primeiro teste e aquele grupo menor, embora mais vigoroso e capaz, de Eliminados peguem em armas e esmaguem essa nossa Utopia, transformando-a numa recordação que se esfarela? O que irá evitar que eles estabeleçam, ali e então, um mundo no qual outra vez a simples quantidade ou a simples força rá governar e a repugnante comédia de uma falsa democracia será apresentada da capo ad nauseam? Nesse caso, a religião e a fé serão nossa única salvação: diremos a esses jovens que as divisões nas quais eles foram classificados são determinadas por Deus e irrevogáveis ― nem todas as suas lágrimas irão apagar uma sé palavra disso. Contaremos a eles o mito dos metais:
― "Cidadãos, vós sois irmãos, mas Deus voz fez de forma diferente. Alguns têm o poder do comando, e esses ele fez de ouro e, portanto, recebem a maior das honrarias; outros, de prata, para serem auxiliares; outros, ainda, que deverão ser agricultores e artesãos, ele fez de bronze e ferro; e a espécie será, de modo geral, preservada nas crianças. Mas como vós sois da mesma família original, um pai de oro terá, às vezes, um filho de prata, ou um pai de prata um filho de ouro. E Deus proclama (...) que se o filho de um pai de ouro ou de prata tiver uma mistura de bronze ou ferro, deverá ter pena de seu filho porque este tem que descer na escala para se tornar um agricultor ou um artesão, assim como poderá haver outros nascidos na classe dos artesãos que serão criados para uma posição de honra e irão se tornar guardiães e auxiliares. Porque um oráculo diz que quando um homem de bronze ou de ferro protege o Estado, este será destruído".
Talvez com essa "fábula real" consigamos um consentimento bastante generalizado para o apoio ao nosso plano.
Mas, agora, o que acontece com os felizes remanescentes que venceram aquelas sucessivas ondas de seleção?
Aprendem filosofia. Atingiram, agora, a idade de trinta anos; não teria sido prudente deixar que "provassem o caro deleite cedo demais; (...) pois os jovens, quando sentem pela primeira vez na boca o gosto da filosofia, discutem por distração e estão sempre contestando e refutando (...), como cachorrinhos novos que se deliciam em agarrar e puxar todas as pessoas que deles se aproximam". Esse caro deleite, a filosofia, significa duas coisas principais: pensar com clareza, que é metafísica; e governar com inteligência, que é política. Primeiro, então, a nossa jovem Elite precisa aprender a pensar com clareza. Com essa finalidade ele irá estudar a doutrina das Ideias.
Mas essa famosa doutrina das Ideias, embelezada e obscurecida pela fantasia e pela prosa de Platão, é um labirinto desanimador para o estudante moderno e deve ter sido um outro teste rigoroso para os sobreviventes de muitas depurações. A Ideia de uma coisa poderia ser a "ideia geral" da classe à qual ela pertence (a Ideia de João, José ou Manoel, é o Homem); ou poderá ser a lei ou as leis segundo as quais a coisa funciona (a Ideia de João seria a redução de todo seu comportamento às "leis naturais"); ou poderia ser o perfeito propósito e ideal em direção ao qual a coisa e sua classe poderão evoluir (a Ideia de João é o João da Utopia). Muito provavelmente, a Ideia é tudo isso ― ideia, lei e ideal. Por detrás dos fenômenos e pormenores superficiais percebidos pelos nossos sentidos, estão generalizações, regularidades e direções de desenvolvimento, não percebidas pela sensação mas concebidas pela razão e pelo raciocínio. Essas ideias, leis e ideais são mais permanentes ― e portanto mais "reais" ― do que as coisas percebidas pelos sentidos através das quais nós as concebemos e deduzimos: o Homem é mais permanente do que João, José ou Manoel; este círculo nasce com o movimento de meu lápis e morre sob o atrito da minha borracha apagadora, mas o Círculo da concepção continua para sempre. Esta árvore fica de pé, e aquela cai; mas as leis que determinam quais os corpos que irão cair, e quando e como, não tiveram início e não têm, nunca terão, fim. Existe, como diria o moderado Spinoza, um mundo de coisas percebidas pelo sentido e um mundo de leis deduzidas pelo pensamento; nós não vemos a lei dos quadrados inversos mas ela está ali e em toda parte; existia antes de tudo começar e irá sobreviver quando todo o mundo das coisas for uma história que acabou. Eis uma ponte: o sentido percebe concreto e ferro somando cem milhões de toneladas; mas o matemático vê, com os olhos da mente, o ousado e delicado ajuste de toda essa massa de matéria-prima às leis da mecânica, da matemática e da engenharia, aquelas leis segundo as quais devem ser feitas todas as pontes boas; se o matemático também for poeta, verá essas leis segurando a ponte; se as leis fossem violadas, a ponte desabaria sobre o rio lá embaixo; as leis são o Deus que sustenta a ponte na palma da mão. Aristóteles sugere algo parecido com isso quando diz que por Ideias Platão queria dizer o que Pitágoras entendia por "número" quando ensinava que este é um mundo de números (querendo dizer, presumivelmente, que o mundo é governado por constâncias e regularidades matemáticas). Plutarco nos diz que, segundo Platão, "Deus sempre geometriza"; ou, como Spinoza expressa o mesmo pensamento, Deus e as leis universais de estrutura e funcionamento são uma e a mesma realidade. Para Platão, como para Bertrand Russell, a matemática é,
portanto, o indispensável prelúdio à filosofia e à sua mais alta forma; sobre as portas de sua Academia, Platão colocou, dantescamente, as seguintes palavras: "Não permitam a entrada de ninguém que não saiba geometria".
Sem essas Ideias ― essas generalizações, regularidades e ideais ― o mundo seria, para nós, o que deve parecer aos olhos da criança que se abriram pela primeira vez, uma massa de pormenores não-classificados e sem significado de sensação; pois só é possível dar significado às coisas classificando-as e generalizando-as, encontrando as leis de sua existência, e os propósitos e objetivos de sua atividade. Caso contrário, o mundo sem Ideias seria uma pilha de títulos de livros saídos ao acaso do catálogo, em comparação com os mesmos títulos arrumados em ordem segundo as classes, suas sequências e finalidades; seriam as sombras em uma caverna, comparadas com as realidade iluminadas pelo sol lá fora, que projetam aquelas fantásticas e enganadoras sombras lá dentro. Portanto, a essência de uma educação mais elevada é a busca de Ideias: de generalizações, leis de sequência e ideais de desenvolvimento; por detrás das coisas, temos de descobrir sua relação e seu significado, seu modo e sua lei de funcionamento, a função e o ideal a que elas servem ou que elas prenunciam; temos de classificar e coordenar nossa experiência dos sentidos em termos de lei e de propósito; só pela falta disso é que a mente do imbecil difere da mente de César.
Muito bem, depois de cinco anos de treinamento nessa obscura doutrina das Ideias, esta arte de perceber formas significativas e sequências causais e potencialidades ideais em meio à confusão e o ao acaso da sensação; depois de cinco anos de treinar a aplicação desse princípio ao comportamento dos homens e à conduta dos estados; depois desse longo preparo desde a infância, passando pela juventude e chegando à maturidade dos 35 anos, há alguma dúvida de que esses produtos perfeitos estão prontos para assumir a púrpura real e as mais altas funções da vida pública? De que eles são, finalmente, os reis-filósofos que deverão governar e libertar a raça humana?
Infelizmente, há! A educação deles ainda não terminou. Porque, no final das contas, foi, em sua maior parte, uma educação teórica: é preciso algo mais. Que esses Ph. D. passem, agora, dos píncaros da filosofia para
dentro da "caverna" do mundo de homens e coisas; generalizações e abstrações de nada valem se não forem testadas por este mundo concreto; que nossos discípulos entrem neste mundo, sem que a eles se conceda favor algum; eles irão competir com homens de negócios, com obstinados individualistas gananciosos, com homens de força muscular e homens astutos; neste mercado de luta, irão aprender com o próprio livro da vida; irão machucar os dedos e esfolar suas canelas filosóficas nas cruas realidades do mundo; ganharão o pão e a manteiga com o suor de suas altas frontes. E esse último e mais rigoroso teste continuará implacavelmente por quinze longos anos. Alguns de nossos produtos perfeitos irão se partir sob a pressão e serão submersos por essa última grande onda de eliminação. Aqueles que sobreviverem, com cicatrizes e aos cinquenta anos, de juízo assentado e com confiança em si mesmos, despojados da vaidade escolástica pelo implacável atrito da vida, e armados agora com toda sabedoria que a tradição e a experiência, a cultura e o conflito podem cooperar para dar ― esses homens irão tornar-se automaticamente, afinal, os governantes do Estado.
A História da Filosofia, de Will Durant
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